A Convergência que Minas Conhece
É inquestionável o fato de, nos últimos 16 anos, o Brasil ter avançado consideravelmente em diversas áreas, com os projetos e o trabalho do PSDB e o esforço de continuidade do PT. A história de mudanças começou com o Plano Real, no governo de Itamar Franco, e seguiu com a conquista da estabilidade econômica, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e com a sustentação e fortalecimento do sistema financeiro, no governo do presidente Lula.
Na área social, programas de transferência de renda e de saúde preventiva foram mantidos e ganharam novos contornos. Com as condições oferecidas, o setor empresarial também se desenvolveu de forma impressionante e ajudou o Brasil a tornar-se referência em áreas distintas. Com tantos avanços, tantas conquistas, este seria o momento de se buscar ir além, com um esforço convergente, dissolvendo-se focos regionalistas, olhares centralizadores, comparações improdutivas. Mas, inexplicavelmente, em tempo pré-eleitoral, teima-se em dar um passo atrás...
Neste ano, tem ficado bem claro que a lógica da desagregação e da exclusão dá o tom aos debates iniciais. A imprensa, teoricamente democrática e livre, já escolheu seus eleitos. E defende-os, dirigindo, passo a passo, todas as ações e possíveis articulações. Com o instrumento democrático, faz-se a ação ditatorial.
Eleito por um grupo de destaque na mídia nacional, o governador José Serra foi tomado, desde 2009, como o símbolo de um projeto que visa, sobretudo, a conquista de interesses regionais e o monólogo desrespeitoso. Visto como uma alternativa única da oposição, desde o princípio, José Serra foi vestido, pouco a pouco, com a roupagem de um personagem arrogante e frio, que determina cenários, estabelece composições, orienta o discurso baseado no antagonismo. Serra, desprendido desse ambiente, não tem como mostrar que a sua índole e personalidade são muito diferentes das ações que têm envolvido o seu nome.
Com essa estratégia desastrosa e autoritária, a “imprensa favorável” (sim, ela existe) começou a conseguir o que não queria: enfraquecer a proposta de Serra e aumentar o risco da aposta para possíveis parceiros eleitorais. Com o “rolo compressor” que criaram, afastam forças políticas e fomentam a discórdia e a indignação entre os aliados.
O governador de Minas, Aécio Neves, que sempre defendeu a convergência política, tem sido alvo preferencial do mesmo grupo, que também se esforça sempre em eleger, com antecedência, os culpados de possíveis falhas ou deslizes. Desde 2009, ele tem sido pressionado de forma vigorosa e deselegante a assumir-se como vice na chapa presidencial do partido. Todos sabem que essa formação não convém ao Brasil - não representa a heterogeneidade de forças que precisamos para seguir em frente, com uma proposta ampla -, mesmo assim, teimam nessa composição que exclui e enfraquece.
Felizmente, Minas Gerais não aceita o engano. A terra de Tiradentes e de Tancredo Neves defende, com ardor, os valores da liberdade e da igualdade. Se Aécio Neves aceitasse ser vice, os mineiros não aceitariam a fórmula, se ele fosse contra o posicionamento que sempre defendeu, perderia a credibilidade. Aécio sabe disso e recusa a farsa.
As ações oportunistas e forçadas e o discurso manipulador, não convencem os mineiros. Nesta quinta-feira, dia 4, data em que Tancredo Neves - personagem que é símbolo de democracia e de conciliação do povo brasileiro – completaria 100 anos, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, receberá, em suas terras, as principais lideranças políticas e empresariais do Brasil. Não será uma festa entre correligionários, um encontro de amigos, nem um palanque eleitoral. Aécio Neves inaugurará, nessa data, a mais moderna e avançada Cidade Administrativa do Brasil. E esse será um evento que, por sua relevância e simbolismo para Minas, deve ser comemorado com o respeito, tolerância e principalmente com a convergência de desejos de personagens que querem trabalhar pelo avanço do país.
Será uma data importante. Um momento de harmonia ideal para todos os brasileiros analisarem o cenário que temos pela frente e decidirem se querem continuar a ter avanços, a partir da convergência de ações pelo bem da sociedade, ou se vão optar pelo autoritarismo e pelo antagonismo, que vão contra o Brasil, a liberdade e a democracia, pela qual tanto lutamos e começamos a reconquistar há 25 anos.
Que Tancredo Neves nos inspire e proteja!

Nenhum comentário:
Postar um comentário