Aécio Neves não quer ministros marqueteiros em seu governo


Aécio não quer ministros marqueteiros em seu governo

Aécio Neves participa de evento com o candidato do PSDB ao governo do Distrito Federal, Luiz Pitiman, na Associação Médica de Brasília (Foto: Filipe Matoso / G1)




Aécio diz que não terá ministros como ‘marqueteiros’ do governo

Indagado sobre o PAC, tucano declarou não estar preocupado com slogans.

Presidenciável participou de evento político com candidato do PSDB ao DF.


Filipe MatosoDo G1, em Brasília

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira (5), durante ato político em Brasília, que, se for eleito, seus eventuais ministros não atuarão como “marqueteiros” do governo.

Ao participar de sabatina do G1 nesta segunda (4), Aécio afirmou que, caso vença a eleição de outubro, criará o Ministério da Infraestrutura, que reunirá áreas como transportes, aeroportos e energia. Questionado nesta terça sobre se o futuro ministério extinguiria programas da atual gestão, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Aécio disse que não se preocupa com marcas ou slogans.

“O meu governo não estará preocupado com marcas, com slogans. No meu governo, não terá os ministros mais importantes atuando como marqueteiros do governo. O que eu quero é resultado. O PAC é um conjunto de investimentos, alguns iniciados, alguns poucos concluídos, e grande parte deles pelo meio do caminho, abandonados”, declarou.

O presidenciável tucano participou nesta terça de evento com o candidato do PSDB ao governo do Distrito Federal, Luiz Pitiman, na Associação Médica de Brasília. Aécio tem criticado reiteradamente o número de ministérios no governo Dilma Rousseff – atualmente, são 39.

Durante a entrevista ao G1, o candidato tucano afirmou que reduzirá o número de pastas e citou como exemplo o Ministério da Pesca que, segundo ele, poderia ser incorporado ao Ministério da Agricultura

Diante da plateia de militantes do PSDB e de médicos, Aécio também afirmou que as ações do governo federal são baseadas no "marketing" e na "superficialidade". Ele defendeu que o Brasil precisa “resgatar” a dignidade que perdeu no mundo e que isso se dará a partir do momento em que respeitar os profissionais da área de saúde.

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Saúde pública

Ao afirmar que investirá mais recursos na saúde pública, Aécio garantiu que criará carreira federal específica para médicos, umas das reivindicações das entidades médicas. Sem citar diretamente o programa Mais Médicos, o tucano afirmou que o Brasil precisa de mais profissionais, mas que é preciso haver mais diálogo entre governo e entidades.

“Claro que queremos mais médicos, mas queremos mais que isso. Queremos mais saúde, mais responsabilidade, mais solidariedade e, sobretudo, mais diálogo com as entidades que representam os agentes públicos de saúde em todas as suas manifestações”, acrescentou.

Indagado sobre se os médicos cubanos que atuam no programa continuarão em seu eventual mandato, Aécio respondeu que não os deixará passar pela "discriminação" que existe atualmente, em razão de os profissionais da ilha caribenha receber menos que os demais participantes do programa.

“Mas eu entendo que após três anos [período em que os médicos ficam no país] nós não precisaremos mais de médicos estrangeiros, porque ao longo do tempo nossas políticas e ações permitirão que as vagas sejam ocupadas por médicos brasileiros”, concluiu.

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